terça-feira, 31 de agosto de 2010

Jotinha - EDIÇÃO EXTRA

Peço licença aos leitores e ao humor para prestar uma homenagem ao querido JORNAL DO BRASIL, que uniu os criadores desse blog...

"Vocês...
Vocês, vou dizer a verdade...
Vocês não têm idade
Vocês passaram e ficarão para sempre
Vocês são gente
Como eu, ela, todos nós
Foram vocês que nos deram voz
Em momentos de fria dolorosa escuridão
Vocês nos deram a mão
Enquanto eu jamais escreveria
Vocês foram a paz para a nossa agonia
Nos deram riso, alegria, denúncia, a bonança
Vocês foram a incerteza boa da constância
Vocês nunca irão, assim como nunca vieram
Foram vocês que nos disseram:
Meu bem, há esperança
Com vocês, nunca deixarei de ser criança
E almejar o triunfo da imprensa escrita
Vocês foram mais que jornal, mais que revista
Jornais do Brasil,
Não nos percam de vista!
(Cris Gerk)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Ela é muito espirituosa....

Estava saindo do jornal tarde da noite quando recebi uma ligação no celular. Era um antigo colega de trabalho me chamando para o lançamento de um livro de um amigo dele. Pensei: ah, não tenho nada pra fazer, vou dar um pulo lá...

Desviei o meu caminho e entrei na sala onde estava havendo a recepção. Quando entrei, logo notei que só havia quatro pessoas no salão: meu colega, um velho, o escritor e o Paulo Betti. Entrei com naturalidade e logo fui apresentada ao ator como se pertencesse à roda de literatos fluminense. Me senti em casa.

Quando dei por mim, estávamos indo para um restaurante à convite do global: eu, o velho, meu colega e Paulo. Sentamos. Uma roda de assuntos começou animada. Em poucos minutos, começou uma sessão de anedotas. Aquelas célebres histórias de Joãozinho, portugueses, argentinos animando a galera. Pensei: não posso ficar de fora.

Lancei: "Nossa, e outro dia que dois gays estavam num vôo e um deles queria comer o cu do outro?". Todo mundo silenciou. Continuei: "Po, um virou para o outro e falou: 'to querendo te comer aqui, agora'. Aí o outro respondeu: 'mas aqui? Todo mundo vai ver!' 'Que nada! Tá todo mundo dormindo!'. Aí para provar o ponto, ele perguntou em voz alta para todo o avião: 'Aí, alguém tem um lenço aí? Um lenço?'. Como ninguém respondeu e seu ponto tava provado, os dois se comeram a noite toda no banco do avião. Um tempo depois, a aeromoça estava andando pelo corredor quando viu um velhinho tremendo. 'Senhor, o que há?'. 'É que estou com muito frio!', respondeu o senhorzinho. 'Mas por que não pediu um cobertor?'. 'Poxa, um homem ali pediu um lenço e comeram o cú dele pra caramba, imagina se eu pedisse um cobertor?'".

Terminei a piada do século com expectativa, aquele sorrisão aberto e os olhos arregalados à espera da aprovação da plateia. Paulo, o escritor, o velho e meu colega olharam pra mim em silêncio e soltaram um sorrisinho amarelo. O velho foi quem quebrou o gelo: "Ela é mesmo muito espirituosa". Sou eu...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Sr. Fábio e a professorinha

Eu tinha quinze anos e estudava em um tradicional colégio da Zona Su do Rio. Costumava me envolver com pessoas estranhas no colégio. Nessa época, minha melhor amiga era Bruna, a filha do diretor. E como uma boa filha revoltada, Bruna costumava fazer o pai passar vergonha. Tinha duas manias: cheirar acetona na aula (nunca senti onda, mas ela jura que sentia) e beber vodka, levada dentro de uma garrafa de guaraná, durante o recreio.
Comecei a frequentar a casa de Bruna e pude conhecer mais de perto, além do diretor, o coordenador do Colégio, grande amigo da família. O Sr. Fábio era um homem por volta de seus 40 anos muito bem apessoado. Forte mesmo. Tinha braços enormes e uma cor morena que chamava a atenção das mães enfileiradas na porta do colégio. Era casado e a esposa era professorinha do maternal. Minha convivência com o diretor e coordenador fez com que uma relação de amizade se criasse. Ao ponto de, durante uma semana em que estive com a perna quebrada, fosse levada no colo por aquele homenzarrão até o último andar da escola, onde ficava minha sala. Todos olhavam no colégio. E eu me achava o máximo por tamanha mordomia vinda do coordenador bonitão.
Na segunda-feira, depois de tirar o gesso, pretendia ir até a sala da coordenação agradecer. Porém, quando cheguei no pátio, pairava um burburinho entre os alunos. Ao me aproximar, vi na mão de um deles uma foto: Sr. Fábio Nú! E não, não era um nú artístico em prol da cultura ou educação! Era um nú pornográfico! Aliás, o primeiro que vi tão de perto na vida.
O coordenador de um dos colégios mais respeitados da Zona Sul do Rio tinha sido pego em um site de prostituição por um aluno! Meu Deus! Foi um choque. Nunca mais ele apareceu. Segundo informações do pai de Bruna, foi trabalhar no interior do Rio, onde a história ainda não tinha chegado. Alguns juram que já assistiram por aí filmes pornôs do Sr. Fábio com a professorinha!