segunda-feira, 31 de maio de 2010

O doce de abacaxi

Foi lá no Engenho de Dentro, próximo ao Engenhão...

Numa bela tarde de domingo, Fernando já não aguentava mais de vontade de aliviar seus impulsos sexuais adolescentes, há semanas contidos por causa da marcação cerrada da mãe. Dona Selma andava desconfiada de algumas atitudes de seu filho, sempre nervoso, passando tempo demais no chuveiro, com uns barulhos estranhos.... Dona Selma tinha medo de que ele estivesse envolvido com drogas e vivia de olho no moleque, sem dar espaço para Nando descascar uma banana sequer...

Nesta tarde, finalmente, Selma avisou a seu filho que iria ao mercado com seu pai e que demoraria a chegar. Louco de emoção, assim que seus pais sairam, Nando foi até o armário, abriu a porta e no meio de suas cuecas estava seu DVD preferido: Festa na casa da Gorette 4.
O filme era tão ruim que só obteve uma venda em todo Brasil. Também, a Gorette tinha 90 cm de braço. Mas tinha sua sensualidade...

Assistindo o DVD, ele abaixou a bermuda e de repente, uma determinada parte do lençol começou a levitar. Levitou so um pouquinho, uns 6 cm, não era muito grande não. E o rapaz se empolgou. Foi uma descascação de banana tão intensa que um braço ficou mais forte que o outro.

Quase no finalmente, ele percebeu que seus pais estavam chegando. Assim, torturou mais ainda o seu amigo para a coisa acontecer mais rápido.
E conseguiu. Mas foi sêmen pra tudo que era lado, o muleque chegou a ficar magrinho.
Pegou sua própria toalha e começou a limpar o quarto todo. Aliás, quase todo, pois ele deixou um vestígio na cabeceira ao lado da cama.

Quando sua mãe abriu a porta do quarto, estava o rapaz, tranquilão, deitado vendo o Programa a Casa é Sua, como se nada tivesse acontecido.

Sua mãe vê o vestígio de semêm na cabeceira e pergunta ao filho o que era aquilo. Ele, rapidamente, lembrou que sua mãe tinha feito um bolo com cobertura de abacaxi e disse que estava comendo o bolo e deixou cair um pingo do caldo do abacaxi.

- Hummm tá - exclamou dona Selma, passando o dedo no sêmen, que logo depois foi parar na sua boca.

- Ih, ficou meio azedinho ....

Que abacaxi, hein, Nando....? Mas fala pra ela: quem procura acha, mãe... eca!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Incidente no motel

Reza a lenda urbana carioca que Maria comprou uma lingerie nova e fez aquela depilação cavada especial para a noite. Era a terceira vez que ela saía com Emerson, um advogado bem-sucedido morador do Leblon, 30 anos, solteiro, porém louco para arrumar um compromisso, cansado dessa vida louca de pegação. Emerson era além de tudo muito boa pinta e educado. Maria estava ansiosa para a noite em que ela mostraria que além de inteligente, bonita, charmosa e sensível, ela era extremamente boa de cama! Perfeita para casar!

Um jantarzinho no japonês regado a caipisaquês, sorrisos, mãos se encostando sem querer na mesa. O clima estava formado. No carro, o convite: que tal esticarmos a noite? Maria fez charme, como toda boa moça recatada e polida, mas aceitou. Eles foram para um motel cinco estrelas na zona sul, cujo nome o tartaturga prefere não divulgar.

O sexo foi ótimo, realmente. Mas Maria estava tão nervosa que depois do prazer, veio aquela vontade incontrolável de ir ao banheiro - fazer o número 2. Negócio de cocô mesmo, na portinha. Ela disfarçou, deu um risinho e foi la pro trono! Por sorte, havia porta no toalete! Maria mandou aquele barro encorpado. Digno de muito sushi, saquê, depilação, nervoso, excitação, tudo junto! A saga já estava quase no fim não fosse um detalhe com o qual Maria não contava: a descarga estava quebrada! Foram várias tentativas e o amigo não descia de jeito nenhum! Nem por milagre! E o cheiro começava a se espalhar...

Maria não teve outra alternativa. Foi na raça mesmo! Pegou o boludo na mão e tacou pela janela do banheiro. Lavou a mão bem lavada e saiu num suspiro leve, plainando no quarto até a cama, onde Emerson esperava cochilando de cansaço.

Tudo continuou um sonho, apesar do contratempo. Os dois deram mais uma, foi uma delícia, conversaram, trocaram carinhos. ótimo, era hora de ir embora.

O casal de pombinhos desceu de mãos dadas até o carro, que esperava na garagem. Quando chegaram no veículo de Emerson, a surpresa: o vidro estava marrom, com um belo de um morenão espatifado e espalhado por todos os lados. Emerson ficou indignado! Que porcaria de espelunca era aquela? Que infeliz tinha entrado ali e feito aquela nojeira fedida enquanto o romance comia solto lá em cima?

Na gerência, a resposta:

"Senhor, lamento muito. Mas a única abertura para a garagem é a porta por onde o senhor passou, que estava trancada por dentro. Mas... há um detalhe.... a janela do banheiro do quarto fica bem em cima da vaga...."

É... não foi dessa vez que Emerson saiu da vida de galinhagem...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Só na diplomacia...

Havia chegado a Washington pouco menos de um mês depois dos atentados de 11 de setembro. A cidade ainda tentava desfazer-se do clima de medo, pessoas retomando, aos poucos, a normalidade da vida. Desembarquei na capital americana, escolhido para representar a equipe que conquistou o prêmio da Sociedade Interamericana de Imprensa pela produção de um caderno especial sobre impunidade.
A viagem começara temerosa. Ainda no Galeão, aeronave pousada, uma imensa mulher, que mal cabia na poltrona, senta-se ao meu lado. Tremi, confesso. Passei, imediatamente, a imaginar como seria minha viagem até Miami, onde faria escala. A jovem, após sentar-se, com toda dificuldade do mundo, olha pra mim e sorri. Eu, com a indisfarçável cara de muito puto da vida, sorrio também.
– Não se preocupa não. Elas (as aeromoças) sempre me transferem para a classe executiva – disse a menina, sorrindo. Ainda com a mesma cara de pouquíssimos amigos, sorri de novo. Antes mesmo de o avião decolar, alívio.
Em Miami, o aeroporto estava tomado pelas tropas americanas. Um clima pesado. Na imigração, um policial me fuzilou com os olhos ao constatar minha nacionalidade. Na conexão para Washington, uma revista rigorosa me fez tirar até os sapatos. País de merda, pensava eu. Cansado, partir para meu destino final.
Já em Washington, seguia para o JW Marriott, onde acontecia o congresso anual da SIP. Dentro do táxi, aproveitei para iniciar minha apuração sobre o clima que a cidade vivia nas primeiras semanas pós 11 de setembro.
– Are you afraid because anthrax – perguntei ao motorista, num inglês muito ruim. A resposta, para minha surpresa, foi não. Conversa que segue, a descoberta que sou brasileiro e, na sequência, a tradicional frase Pelé!! Pelé!! Me calei. Não tinha mais nada a dizer aquele analfabeto. Desci, puto, em frente ao Marriott.
Os dias seguiam, aquela coisa meio morna, até que numa visita ao parque industrial do Washington Post, me deparo, ainda no ônibus, com os olhos de Maria José – ou Rossé, como pronunciava num péssimo espanhol. Costa-riquenha de curvas muito generosas, cabelos morenos, uma boca apetitosa – é o que consigo lembrar, Maria José sorriu ao reencontrar meu olhar. Em pouco tempo, já estávamos caminhando juntos durante a visita ao Post. Na volta, sentamos, conversamos e combinamos ir juntos à premiação, que seria naquela noite.
E aquela noite seria inesquecível. Depois da festa, fomos a um bar. Eu, ela, alguns amigos dela e um grupo de brasileiros. Bebemos, mas tivemos que deixar cedo o lugar. Dali, decidimos caminhar até o hotel pelas ruas desertas da capital. Não era longe. Enquanto andávamos, nossas mãos se esbarravam carinhosamente. Não demorou, já nos atracávamos nas ruas de Washington. Eu de terno e ela, num vestidinho sensacional. Claro, um tesão incontrolável nos devorou.
Já na calçada lateral do Marriott, fizemos dos imensos arbustos, em imensos vasos, nosso palco. Beijos molhados, uma excitação incontrolável e a calcinha por baixo do vestido já puxada para o lado. Os movimentos acompanhavam a adrenalina de estar em plena rua, em outro país. Foi aí que um carro da polícia parou na esquina. Imediatamente, nos recompomos. O policial, do carro, nos olhou e decidiu ir embora. Voltamos ao prazer incontrolável, mais excitados ainda. Seguíamos a sacanagem, quando novamente um carro da polícia para na esquina. Um policial desce, anda alguns metros, mas nos vê conversando calmamente. Diante da ameaça, decidimos encerrar a conversa. Beijos molhados e a inesquecível frase de Maria Rossé.
– Faltou um poquito, faltou um poquito!
Até hoje eu não sei se faltou um pouco para ela gozar ou para criarmos um incidente diplomático.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O estrondo na viagem


Excursão com a família, que momento feliz! O local não era tão atraente (São Paulo), mas vai lá, tem umas praias bacanas no litoral. Na sua poltrona do ônibus, a pequena Catarina no auge de seus 15 anos ouvia animada a saudação da guia Leila ao microfone! Aquele momento descontração em que a guia brinca com os carecas, tira sarro dos casais apaixonados, pede para todo mundo se apresentar, o pessoal bate palma, é só alegria!

Algumas horas de viagem e a pequena Catarina realmente sentia um aperto. Não, não era angústia. Era apenas vontade de urinar mesmo. Ela se dirigiu ao pequeno banheiro no fundo do ônibus com aquele sorrisinho boca murcha de velho querendo socializar com os companheiros de passeio.

Calças arriadas, joelhos flexionados, o alívio começava. Mas na verdade era só aquela máxima da calmaria antes da tempestade... Foi numa curva dessas da estrada de Santos (onde não só o Roberto Carlos pisa mais fundo, mas o motorista do busão também) que um estrondo irrompeu o silêncio das famílias se preparando para um cochilo.

Todos olharam para trás. Catarina estava lá. Estendida no piso, calças arriadas, porta do banheiro aberto. O sorriso murcho ficou laranja, porque amarelo já estava o piso. Catarina correu para dentro do banheiro de volta. De tão agitada, fechou a porta do banheiro no dedão maior da mão direita. Tragédia pouca nunca é bobagem...

Com o dedo roxo e a cara vermelha, Catarina tentou em vão fechar a calça jeans. O jeito foi sair dali com a calça aberta e a cara também, o dedão pra cima, latejando de dor. No ônibus, a compreensão. Todos responderam com o dedo o sinal de "ok" ou "joia" dado pela jovem, que na verdade só não estava mesmo é conseguindo abaixar o dedão. Mas vai lá.. férias, né, o pessoal tá zen "tudo bem, cat, caiu peladona, foi maneiro po".

O fim da viagem foi bem agradável: a mãe fechando a calça da jovem Catarina; o dedo enfiado num pote de gelo e a guia com a piada pronta para até a volta para o Rio! Delícia! Nada como uma viagem em família mesmo...